Em sua estreia na Euro 2024, Bélgica perdeu com dois gols anulados e muita discussão sobre a arbitragem
A Eurocopa não começou bem para a Bélgica. Mesmo com Lukaku, De Bruyne e outras estrelas em campo, o time de Domenico Tedesco perdeu para a Eslováquia em um jogo repleto de polêmicas.
Levando em consideração as mudanças adotadas pela FIFA na última Copa do Mundo, a Uefa decidiu aprimorar o que deu certo na arbitragem do Catar, além de trazer algumas ferramentas adicionais.
A tecnologia de impedimentos e o diálogo do árbitro com capitães pretende tornar o jogo mais rápido. No entanto, o uso do novo microchip que identifica toque de mão na bola ainda pode gerar muita discussão.
Lukaku tem gol anulado pela nova tecnologia do VAR
Diante da Eslováquia, em Frankfurt, a Bélgica de Lukaku e companhia perdeu por 1 a 0 e começou mal a busca pela vaga direta às oitavas de final no Grupo E da Eurocopa.
O único gol do jogo veio nos minutos iniciais, mais precisamente aos 7. Após a falha de Mangala na defesa, Ivan Scharnz aproveitou o rebote de Casteels e abriu o marcador para os eslováquios.
Com a desvantagem, a Bélgica tentou evitar a zebra, e Lukaku acumulou oportunidades na 1ª etapa. No entanto, a bola balançou a rede apenas no segundo tempo, com 2 gols anulados.
Em seu primeiro gol, o camisa 10 belga estava impedido. Após o gol, a tecnologia entrou em ação e, com o uso do novo microchip, determinou a posição ilegal do atacante no momento do passe de Onana.
Lukaku não desistiu. Já nos minutos finais, ele recebeu de Openda na área, finalizou de esquerda, venceu Dúbravka e comemorou o gol de empate. Mas, novamente, viu o árbitro Halil Meler anular o lance.
Dessa vez, o microchip identificou um toque na mão de Openda. Na transmissão, a Uefa compartilhou um gráfico em tempo real, onde foi possível notar a alteração na vibração de ondas na bola durante o toque.
A jogada foi anulada, mas a bronca dos belgas ficou por conta da interpretação do árbitro Halil Meler. Entender a jogada como uma ação antinatural de Openda é, para alguns especialistas, um erro.
Chris Sutton, comentarista da BBC e ex-jogador da Premier League, destacou que, na liga inglesa, um lance como esse não é sequer revisado pelos árbitros.
– Isso é escandaloso. É ridículo, de verdade. Openda não empurra intencionalmente a bola ao seu caminho. Complicado. Na Premier League, esse gol seria válido – disse.
Inspirada no críquete, tecnologia ‘Snicko’ pode ajudar, mas exige atenção redobrada da arbitragem
Quem acompanha críquete já conhece a tecnologia ‘Snicko’, utilizada para identificar cada toque a uma taxa de 500 vezes por segundo.
Nos jogos da Euro 2024, um microchip foi instalado nas bolas e terá a mesma funcionalidade da ferramenta que já é popular na modalidade esportiva número 1 da Índia.
Considerando que o uso da imagem e o ângulo das câmeras nem sempre favorece a identificação de um toque na bola, a Uefa entende que a tecnologia Snicko poderá ajudar a resolver lances específicos do jogo.
Em seu primeiro exemplo prático, a tecnologia rendeu discussão entre os torcedores e gerou mais pano para manga. Agora, resta saber se haverá uma nova orientação aos árbitros de campo e de VAR.