Barça pode gastar até 426,4 milhões de euros com o elenco neste início de temporada 2024/25, mas deve ter problemas para inscrever Dani Olmo em La Liga a partir de janeiro
A La Liga apresentou nesta quinta-feira os limites salariais dos 20 clubes participantes do Campeonato Espanhol 2024/25. É o chamado LCPD (Limites de Custo do Pessoal Desportivo). O Barcelona melhorou a sua situação em relação ao mercado de inverno 2023/24, mas segue em posição delicada.
Principal reforço para a temporada, o atacante Dani Olmo está inscrito na liga espanhola até 31 de dezembro. Segundo La Liga, o clube “tem tempo” para conseguir o dinheiro necessário para inscrevê-lo no restante da competição.
O Barcelona aumentou o seu limite salarial para 426,4 milhões de euros. Melhora significativa em relação a fevereiro deste ano, quando era de 204 milhões de euros. Recentemente, o presidente do clube, Joan Laporta, contou que o Barça ainda estava distante da meta de “1 para 1”, quando as receitas estão iguais aos custos. Cerca de 60 milhões de euros.
A capacidade do Real Madrid é a maior da La Liga: 754,8 milhões de euros.
O presidente da La Liga, Javier Tebas, e o diretor geral, Javier Gómez, participaram de uma videoconferência com jornalistas de vários países. Há nove clubes, entre a primeira e a segunda divisão, que estão excedendo os limites de custo esportivo. La Liga não detalhou quais.
— No ano passado, o Barcelona estava em 204 milhões de euros, e agora está em 426 milhões. O Barça está mais próximo da norma de um para um, aumentou as suas receitas e reduziu os seus gastos. O clube fez um bom trabalho — comentou Javier Tebas.
O limite de custo para o elenco esportivo leva em consideração os gastos com jogadores, técnico principal, auxiliar e preprador físico, e também com filiais, categorias de base e outras seções. Isso inclui salários fixos e variáveis, seguro social, gastos de aquisição e amortizações.
Para fazer o cálculo, a La Liga analisa as diferentes fontes de receitas dos clubes, como bilheteria, direitos de transmissão e contratos comerciais, além de gastos não esportivos e o pagamento de dívidas.
La Liga também promoveu mudanças para se adaptar às novas regras de fair play financeiro da Uefa, como por exemplo a que o patrimônio dos clubes deve ser positivo ou, em caso de negativo, ter melhorado ao menos 10% em relação a 30 de junho do ano anterior.
La Liga adota gesto contra o racismo
A liga anunciou nesta quinta-feira que, em parceria com a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), adotará o gesto “Não ao Racismo”, como parte do protocolo para incidentes envolvendo torcedores. Esse gesto foi aprovado recentemente no Congresso da Fifa, em Bangkok, Tailândia.
O gesto funciona como um sinal que o árbitro pode usar em qualquer jogo, caso presencie um comportamento racista ou seja informado sobre.
— Ambas as entidades seguem firmes em seu compromisso de combater todos os tipos de discriminação no futebol, com ênfase na luta contra comportamentos racistas, e aplicarão o gesto de maneira ampla em todas as suas competições — comentou a La Liga, em nota.