Paralisação do esporte poderia prejudicar trabalhadores que dependem do calendário de jogos
A tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul causou a comoção de muitas pessoas em todo país. E devido a este cenário, inúmeras entidades iniciaram suas campanhas de arrecadação para as vítimas das chuvas e dos alagamentos. Através do presidente Ednaldo Rodrigues, CBF, inclusive, destinou 1 milhão em dinheiro e mais 1 milhão em medicamentos para os mais necessitados. Entretanto, nos últimos dias, alguns clubes de futebol que disputam o Campeonato Brasileiro da série A têm pedido a paralisação do campeonato podendo gerar grande impacto na economia verde e amarela.
Quando olhamos de forma superficial, parece que a paralisação dos campeonatos é uma forma de mostrar a solidariedade perante à tragédia. Entretanto, longe dos holofotes midiáticos de maracanãs lotados, há trabalhadores que tiram o seu sustento do futebol. Toda uma classe se escora nos jogos… desde o vendedor ambulante ao Uber. Todos dependem do aquecimento econômico gerado pelo esporte.
Indo mais a fundo, por trás dos times menores das séries B e C, por exemplo, há trabalhadores que recebem salários para sustentar suas famílias: jogadores, massagistas, técnicos de futebol até a “moça” da limpeza. Todos eles dependem da realização dos jogos e a paralisação afetaria ainda mais a economia. O desemprego bateria à porta e a renda extra diminuiria drasticamente causando impacto negativo na vida de inúmeras famílias.
Segundo o Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, a paralisação do esporte agravaria ainda mais a situação de trabalhadores formais e informais que dependem dele para levar o sustento para a sua casa.
-A paralisação do futebol afetaria significativamente a economia de muitas famílias que dependem do esporte para trabalhar como jogadores, técnicos, funcionários dos estádios, vendedores e outros profissionais ligados à indústria do futebol. Isso poderia resultar na perda do emprego, redução da renda familiar e dificuldades financeiras. Por isso, apesar de tudo, não podemos tomar decisões precipitadas que possam complicar também a vida nos outros estados. O que podemos fazer é prestar ajuda, arrecadar alimentos e ajudar o máximo possível a população do sul do Brasil – destacou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Por tudo isso, a CBF como instituição democrática, informa que irá respeitar a decisão dos clubes, mas alerta possíveis impactos de uma paralisação na economia do país. Em relação às vítimas, a CBF segue com a campanha de em prol das ajudas ao sul do país e as doações podem ser feitas no site: https://cbf.eleventickets.com/#!/home