Decisão foi marcada por confronto entre polícia e torcedores que tentavam acessar o Hard Rock Stadium
O que era para ser uma noite de futebol arte, estrelado pelos craques de Argentina e Colômbia, ganhou ‘status’ de guerra civil nas ruas de Miami. A vitória da Argentina por 1 a 0, neste domingo (14/7), com o gol da partida aos 12 minutos da prorrogação, foi coadjuvante perante um cenário de caos proporcionado pela Conmebol na final do Copa América. Tumulto, correria, tentativa de invasão, pessoas feridas e pisoteadas. Houve confronto entre polícia e torcedores e a partida começou com 1h22 minutos de atraso. A média de público de 50 mil pessoas por jogo foi manchada pelo amadorismo e falta de planejamento e organização.
Durante toda competição, a frustração diária revoltou o técnico do Uruguai, Marcelo Bielsen, que em entrevista coletiva reclamou e muito das condições adversas impostas a todos. “Estamos nos EUA, um país, entre aspas, de segurança, de prevenção. Se a prevenção falha, o que pode acontecer”, referindo-se a briga nas arquibancadas no duelo Uruguai e Colômbia”. E complementa: Já me cansei de tudo. As coisas vão se acumulando e são coisas injustas. Há que dizer que os campos estão perfeitos…E eu tenho todas as fotos que justificam que é tudo mentira. São um bando de mentirosos” finaliza o treinador irritado com a Conmebol.
O comandante da seleção uruguaia ainda disse que todos os treinadores se sentiram ameaçados pelos organizadores. Logo nas primeiras rodadas, quatro treinadores foram suspensos por atraso das equipes em retornarem do intervalo. Foram multados e suspensos por uma partida Lionel Scaloni, da Argentina, Ricardo Gareca, do Chile, Marcelo Bielsa, do Uruguai, e Fernando Batista, da Venezuela. A seleção brasileira também reclamou de tratamento da Conmebol. Na chegada ao hotel de Las Vegas, foram obrigados a entrarem pelos fundos, o que provocou desabafo do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues: “Nós não somos bandidos” – disse Ednaldo.