Ronaldo afunda Valladolid, lucra com Cruzeiro e quer a Seleção

Por : Gilberto Mattias

Veja quem é quem do Staff do ex-jogador

Imagina só o cenário: Ronaldo Fenômeno, o craque dos campos, agora quer ser presidente da CBF! É isso mesmo que você leu. E, como em qualquer grande aventura, ele já montou sua “Liga da Justiça” para a missão. Entre os principais aliados, nada menos que Andrés Sanchez, homem de confiança de Ricardo Teixeira, o ex-presidente da CBF banido do futebol pela Fifa. Andrés foi diretor de seleções da CBF e saiu de lá em 2012. Desde então, ele não conseguiu se firmar em nenhum outro lugar.

Andrés deu suporte à candidatura de Duilio Monteiro Alves à presidência do Corinthians em 2020 e depois o traiu, como é notório entre os corintianos. Por suas histórias, contradições e boquirrotices, Andrés Sanchez atualmente é execrado e desprezado até mesmo pelos conselheiros do clube. Pesam contra ele posições polêmicas, como a que ele sustentou em entrevista ao podcast “Casal Coringão” em 2023, quando defendeu que “brasileiros têm o direito de roubar relógios”.

Outro reforço na equipe é o deputado federal Aécio Neves. Sim, ele mesmo, figura controversa da política e, dizem, pé-frio de marca maior. Basta lembrar do lendário 7 x 1 da Alemanha no Mineirão, quando foi um dos anfitriões como Senador por Minas Gerais, e da recente ida a Assunção, onde viu o Cruzeiro perder para o Racing. Parece que onde o Aécio vai, a zebra faz festa.

Ricardo Teixeira também integra o grupo de apoio de Ronaldo. Teixeira, indiciado pela Justiça dos EUA por crimes de corrupçãok, vive confinado em solo brasileiro para evitar problemas internacionais. Ou seja, se sair do país, ele será preso. Por conta disso, contam alguns de seus amigos, até mandou emoldurar o passaporte como troféu na sala de casa, colocado ao lado de quadros de paisagens.

Agora, falando sério: o currículo de gestão do Ronaldo não ajuda muito. O Valladolid, clube que ele comprou na Espanha, coleciona rebaixamentos enquanto o Fenômeno, bem… joga tênis. Isso mesmo!

Enquanto o time despencava na tabela do Campeonato Espanhol, na última sexta-feira, perdendo para o Getafe por 2 a 0, e assumindo a lanterna da competição, Ronaldo estava longe dali, com a raquete na mão, sob o olhar atento da imprensa espanhola. Resultado? Torcedores do Valladolid não querem nem mais ouvir falar no nome dele.

No Brasil, Ronaldo também passou pelo Cruzeiro com sua SAF. Investiu R$ 50 milhões e saiu com R$ 600 milhões no bolso. Se deu bem? Sim. E o time? Nem tanto. Os cruzeirenses reclamam até hoje que ele só pensava no caixa, deixando os resultados em campo para depois. Resumo: o gestor Ronaldo não lembra nem de longe o jogador fenomenal que encantava o mundo.

Pelo seu histórico como gestor, há uma hipótese que não surpreenderia ninguém: Será que no projeto de Ronaldo não estaria prevista a venda da seleção brasileira???

E o que dizem os presidentes de Federações Estaduais e os presidentes de clubes da Séries A e B sobre tudo isso? De todos os 17 que foram ouvidos pela reportagem e que pediram anonimato, a candidatura de Ronaldo à presidência da CBF foi classificada como… uma piada. Uns apontam o caos no Valladolid, outros o uso do Cruzeiro como trampolim financeiro. Teve até quem sugerisse que a Polícia Federal deveria dar uma olhada mais de perto na turma do Fenômeno.

Ah, a equipe de apoio! Temos dois jornalistas veteranos na jogada: Jaeci Carvalho, o eterno “Quase-Diretor”, e Rodrigo “Maquiavel do Leblon” Paiva.

Jaeci Carvalho já mirou altos cargos da CBF várias vezes, mas nunca acertou o alvo. Ele estava ao lado de Aecio no jogo do Cruzeiro com o Racing e goza da mesma fama de pé-frio do político. Entre muitos colegas de profissão, Jaeci é conhecido também como o Quase-Diretor.

Ele foi Quase-Diretor da CBF nos primeiros anos de mandato de Ricardo Teixeira na entidade. Foi Quase-Diretor quando Wanderlei Luxemburgo assumiu a Seleção Brasileira. Foi Quase-Diretor com Felipão na direção da equipe.

Depois, foi Quase-Diretor com Dunga na Seleção. E sua saga de Quase-Diretor continuou quando Marco Polo chegou ao poder.

Foi Quase-Diretor da CBF também na gestão de José Maria Marin. E foi Quase-Diretor com Rogério Caboclo.

Jaeci é daqueles de temperamento que se assemelham muito ao clima de cidades do norte do país. O Quase-Diretor acorda sob sol forte e, de repente, promove uma tempestade em seus textos e interesses, para em seguida ver o céu estrelado, caso seja atendido.

Nesses anos todos, o Quase-Diretor mirou e bombardeou Rodrigo M L Paiva, que é o atual diretor de Comunicação da CBF, mas que está afastado de suas funções por causa de uma ação trabalhista em curso e na qual é o principal acusado de cometer assédio sexual e moral contra uma ex-diretora da CBF.

Conhecido como o Maquiavel do Leblon, Rodrigo foi o braço direito de Ricardo Teixeira por duas décadas na CBF e também serviu a Marco Polo e José Maria Marin, os outros ex-presidentes da CBF com problemas sérios com a Justiça dos EUA. Marin chegou a ficar alguns anos preso pelos mesmos crimes atribuídos a Teixeira e Marco Polo. Este, aliás, é outro que se sair do Brasil vai ver o sol nascer quadrado.

Os dois, Jaeci e Rodrigo, são agora aliados, apadrinhados por Ricardo Teixeira, que tem se reaproximado de Marco Polo. Eis o staff de Ronaldo Gestor para a CBF.

Em resumo: Ronaldo como presidente da CBF? Parece mais uma partida de futebol de várzea com direito a muita confusão, campo encharcado, entradas duras e, claro, aquele gol contra para fechar o placar.

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