PSG recorre e promete lutar para não pagar R$ 335 milhões a Mbappé

Paris Saint-Germain não acata decisão da Liga de Futebol Profissional da França e vai a instâncias de Justiça para não quitar salários e bônus com o atacante, hoje no Real Madrid

Paris Saint-Germain recorreu da decisão da Liga de Futebol Profissional da França (LFP) que o condenou a pagar 55 milhões de euros (R$ 335,1 milhões) em dívidas ao atacante Mbappé. O clube promete ir à Justiça para não ter que pagar esses valores ao jogador, que está no Real Madrid.

Esses 55 milhões de euros são referentes aos últimos três meses de salários e ao bônus de assinatura. O PSG decidiu recorrer da decisão da comissão jurídica da LFP, anunciada no dia 12 de setembro. O clube tinha até esta sexta-feira à noite para quitar a dívida. Seus representantes alegam que tal órgão da Liga tem limitações legais. 

O Paris Saint-Germain considera que Mbappé faltou com a sua palavra, depois de se comprometer verbalmente com o presidente do clube, Nasser Al-Khelaïfi, em agosto de 2023, a “perdoar” os 55 milhões de euros que teria a receber. Naquela época, esse acordo teve influência direta em sua reintegração ao elenco.

— A posição do PSG vai além do juridicamente fundamentado. Se trata também de uma questão de boa fé, de honestidade, de valores e respeito à instituição parisiense e seus torcedores, que são mais importantes que qualquer jogador — explicou o PSG, em comunicado à imprensa. 

Mbappé e seus representantes, por sua vez, exigem que todo o montante seja quitado. O litígio, que começou há meses, pode parar na Uefa e em tribunais trabalhista da França. Este recurso será analisado em outra comissão da LFP, sem data prevista. Segundo o jornal “L’Équipe”, o Paris Saint-Germain ainda pode entrar com outra ação no tribunal administrativo do Comitê Olímpico da França (CNOSF).

Entenda o caso

A imprensa francesa previa uma batalha judicial entre o clube o jogador desde a decisão de Mbappé de não exercer a renovação por mais um ano com o clube, antes do acerto com o Real Madrid. Davam conta de que o PSG não pagaria o bônus de lealdade na totalidade. 

Na pré-temporada de 2022/23, Mbappé foi retirado da viagem à Ásia feita pelo PSG depois de comunicar ao clube que não estenderia seu contrato até 2025. Depois, o jogador e o clube entraram em acordo para a reintegração do atacante, que renunciaria a cerca de €55 milhões (R$ 330 milhões) brutos do bônus de fidelidade.

 No entanto, segundo o L’Equipe, nenhum acordo foi assinado, e os termos do contrato original ainda teriam validade jurídica. Mbappé não pretende se desfazer do que teria direito, e as duas partes devem brigar na Justiça.

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